Soluções que promovem a sustentabilidade das lavouras sem, contudo, afetar a produtividade estão em alta, com destaque para produtos como bioinsumos e ferramentas digitais.

De acordo com pesquisa da Fortune Business Insights, publicada pela Forbes, estima-se que o mercado global de biopesticidas movimente US$ 6,51 bilhões (cerca de R$ 33,6 bilhões) anualmente, com a expectativa de que o número chegue a US$ 18,15 bilhões (R$ 93,7 bilhões) em 2029.

Letícia Fontana, gestora de Insumos e Soluções Digitais da Agrex do Brasil, subsidiária Mitsubish Corporation, diz que a projeção deve se confirmar porque os bioinsumos têm sido muito utilizados para mitigar os desafios de manejo no campo, como exemplo o controle de pragas que já criaram resistência a alguns defensivos agrícolas convencionais. “Isso porque são produtos que têm na sua origem ou composição compostos biológicos, como enzimas ou microorganismos, um modo de ação distinto das moléculas tradicionais”, explica.

A especialista avalia que esses insumos biológicos contribuem com a sustentabilidade das lavouras de duas formas: do ponto de vista dos efeitos que eles agregam à produção agrícola e sobre a perspectiva da natureza dos compostos, uma vez que tem sua origem biológica ou composto derivado de biológico.

“Primeiramente, os bioinsumos, além de contribuírem para uma maior produtividade, ou seja, maior produção utilizando da mesma área plantada, contribuem por meio da maior durabilidade do insumo a campo, combatendo as pragas por um período prolongado. Já em relação à sua origem, como a matéria é biológica ou é um composto derivado de um biológico, eles se degradam facilmente no solo, não deixando resíduos tóxicos no meio ambiente”, esclarece.

Agricultura digital

Se de um lado os insumos biológicos utilizam a própria natureza a favor da produtividade e da sustentabilidade, do outro, as ferramentas de agricultura digital usam da inovação tecnológica para atingir o mesmo propósito. “Esse ramo de gestão do campo engloba o uso de tecnologias que impactam na modernização da produção agrícola, tornando-a mais automatizada e digitalizada. Existem hoje no mercado diferentes ferramentas digitais que auxiliam o agricultor na tomada de decisão das mais diversas escalas”, relata Letícia.

Dentre as inúmeras possibilidade de conectividade no campo, ela cita o uso do mapeamento por meio de VANTs – tipos de drones que fazem apenas operações aéreas –, instrumentos de inteligência climática e agricultura de precisão.

A gestora de Insumos e Soluções Digitais da Agrex do Brasil aponta que a coleta de dados por meio desses dispositivos garante informações sobre nutrição, fertilidade do solo, sanidade do cultivo, entre outros, o que garante mais eficiência e produtividade e menos desperdício.

“As ferramentas de agricultura digital auxiliam na tomada de decisão de várias operações. Com a gestão climática, por exemplo, o agricultor consegue definir o melhor momento para a aplicação de defensivos agrícolas, para que não seja aplicado no momento errado e haja necessidade de reaplicação. Outro exemplo é o uso de imagens de sensoriamento remoto que identificam áreas que requerem aplicações localizadas”, finaliza,

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