A Petrobras se tornou a primeira entre as grandes empresas do setor a substituir, em definitivo, o mergulho em altas profundidades por robôs submarinos. A mudança permitiu reduzir riscos às pessoas e aumentar a segurança, ao substituir o mergulho saturado, realizado por mergulhadores em profundidades maiores que 50 metros, por operações 100% diverless (sem mergulho), que utilizam apenas robôs submarinos.

Robôs submarinos

No passado, a Petrobras chegou a realizar, em média, dois mil mergulhos saturados por ano. A solução 100% diverless é mais um caso de sucesso no uso de tecnologias para remover os trabalhadores de atividades complexas e de maior exposição ao risco. A nova solução tecnológica também aumentou a confiabilidade no acionamento das válvulas de segurança de plataformas, com a alteração do sistema de conexão para atuação com robôs e sem mergulho.

“Na Petrobras, buscamos as soluções e tecnologias mais modernas para tornar a operação cada vez mais segura. O uso de robôs, por exemplo, já vem sendo aplicado em situação de combate a incêndio, de manutenção em altura, entre outros. A partir deste compromisso, a empresa se tornou referência internacional em segurança das operações”, destaca Flaubert Machado, gerente executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras.

Adequação do Sistema Submarino de Mexilhão

A oportunidade de implementar o projeto 100% diverless surgiu durante as adequações nos circuitos de válvulas de segurança da plataforma de Mexilhão (PMXL-1), na Bacia de Santos, as chamadas ESDV (Emergency Shutdown Valve), ao longo de 2023. Originalmente a troca dos umbilicais e as adequações nas conexões do sistema de controle das seis ESDVs da plataforma seriam feitos por meio de mergulho saturado e, após análises, foi aplicada a solução com uso de robôs submarinos. Em dezembro do ano passado, foram finalizadas as intervenções mais críticas da campanha, cujos cenários operacionais eram inéditos para operações diverless. A plataforma de Mexilhão tem grande relevância na oferta de gás, por ser responsável pelo escoamento de quase 20% do gás produzido no Brasil.

“Esse foi um desafio superado graças à integração, perseverança e colaboração de pessoas da SUB, de Suprimentos, do CENPES, da UN-BS e da equipe especializada em segurança em mergulho na Petrobras, que formaram um grande time e fornecedores capacitados. O mergulho diverless é mais um avanço da Petrobras tanto na área tecnológica e de inovação, quanto ao respeito à vida, um valor importante em nosso Plano Estratégico”, afirma Suen Marcet, gerente executivo de Sistemas Submarinos da Petrobras, .

Somente na operação, foi gerada uma economia de US$ 10 milhões. Nos próximos quatro anos, a ampliação do uso dos robôs deve gerar uma economia de até US$ 400 milhões.

A companhia continuará contando com mergulhadores para as atividades até 50 metros de profundidade e parte dos profissionais também está sendo migrado para atuação em frentes diverless e treinados para operação de robôs submarinos.

 

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