A Raízen inaugurou sua nova planta de Etanol de Segunda Geração (E2G), no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba (SP). Com investimento de R$ 1,2 bilhão, a segunda planta de etanol celulósico da companhia é a maior do mundo e conta com 80% do volume já contratado sobre capacidade de produção de 82 milhões de litros por ano.

Segundo a empresa, a aposta no biocombustível é para atender diretamente o seu compromisso de “produzir hoje a energia do futuro de forma limpa e renovável”, como uma resposta para a crescente demanda global de uma economia de baixo carbono, além de ser uma oportunidade de expansão para setores de difícil descarbonização, como aviação e marítimo.

“Com uma pegada de carbono 80% menor que a gasolina comum brasileira e 30% menor que o Etanol de Primeira Geração (E1G), esta iniciativa representa uma inovação tecnológica significativa no setor de bioenergia, sendo um exemplo da economia circular rentável, destacando-se pela redução de desperdícios e impactos ambientais, uma vez que aumentamos em 50% a produção sem precisar de um hectare a mais de cana e não compete com a produção de alimentos”, comenta Ricardo Mussa, CEO da Raízen.

Ele acrescenta que o E2G é um produto-chave na transição energética que atende o mandato de sustentabilidade dos mercados mais exigentes e dos setores com maior urgência por soluções potencialmente mais verdes e escaláveis. “A unidade Bonfim, juntamente com a planta de E2G do Parque de Bioenergia da Costa Pinto, solidificam a posição da Raízen como a maior produtora mundial de etanol e a operar duas plantas de E2G em escala industrial, com uma capacidade total de 112 milhões de litros anuais.”

A companhia já anunciou a construção de nove plantas do etanol celulósico, todas com seus volumes comercializados, em Euros, em contratos de longo prazo. Outras onze plantas estão mapeadas, totalizando 20 unidades de E2G que terão capacidade de produzir 1,6 bilhão de litros por ano.

Impactos do Etanol de Segunda Geração

A Raízen destaca que as plantas de E2G agregam benefícios sociais e econômicos, aumentando a representatividade no fundo estadual de participação dos municípios em que estão inseridas, além de gerar crescimento compartilhado, desenvolvimento de fornecedores nacionais, produção de equipamentos de origem nacional, capacitação técnica de mão de obra local e geração de empregos durante a obra e a operação. Ao todo, a construção das 20 plantas de E2G impactará mais de 500 fornecedores e empresas, gerando mais de 17 mil empregos diretos e indiretos.

Para capacitar os colaboradores, a empresa criou o primeiro programa de Aprendizagem E2G, com foco em especialização e profissionalização, desenvolvendo competências relativas aos seus processos de produção. O programa tem parcerias com instituições para fornecimento de formação e capacitação, como Senai, Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) e BioContal.

Finanças Sustentáveis

Por meio da antecipação de receitas futuras referentes à comercialização de E2G e empréstimos verdes, como a emissão do primeiro green bond, a Raízen tem 35% da sua dívida atrelada à projetos renováveis, dentre eles a construção das plantas. “Temos o compromisso público de aumentar em 80% a produção de energia renovável em nosso portfólio até 2030. Nesta jornada, já garantimos diversos investidores que acreditam em nossa solução. Esses investimentos não apenas reforçam o compromisso da Raízen com a sustentabilidade e a inovação, mas também contribuem para o crescimento do setor de energias renováveis no País”, completa Mussa.

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