A Petrobras obteve um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no 1º trimestre de 2024. No período, também foi registrado Fluxo da Caixa Operacional (FCO) de R$ 46,5 bilhões e EBITDA ajustado de R$ 60 bilhões. Enquanto o endividamento financeiro da companhia no trimestre teve uma redução de US$ 1,1 bilhão, atingindo US$ 27,7 bilhões – o menor nível da dívida financeira desde 2010 – a dívida bruta foi mantida controlada em US$ 61,8 bilhões , incluindo as locações.

“Seguimos comprometidos e empenhados em executar e financiar os investimentos previstos, com disciplina de capital e geração de valor para os acionistas e para a sociedade. Os dados financeiros e operacionais da Petrobras no 1º trimestre de 2024 são consistentes com a rota da companhia em cumprir seu Plano Estratégico (2024-28) de forma eficiente e sustentável. No trimestre, mantivemos uma geração de caixa consistente, que nos dá segurança em relação aos investimentos futuros, incluindo os que têm como foco o crescimento da produção da companhia”, afirma o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

No período, a Petrobras retornou à sociedade um pagamento de R$ 68,2 bilhões em tributos. Foram propostos o pagamento de dividendos de R$ 13,4 bilhões no trimestre.

O lucro líquido de R$ 23,7 bilhões gerou uma redução de 23% em relação ao registrado no 4T23. Os fatores que exerceram influência nesse resultado foram a piora do resultado financeiro impactado pela desvalorização cambial do final do período, e o volume menor de vendas de petróleo e lucros – algo comum no primeiro trimestre do ano, quando há menor demanda por diesel, assim como a redução do preço do petróleo e da margem do diesel.

“A desvalorização cambial do real em relação ao dólar, entre outros fatores como menores volumes de venda de petróleo e derivadas, preço do petróleo e margem do diesel, trouxe impacto. Quando ocorre a desvalorização cambial, há flutuação no demonstrativo financeiro pela variação do câmbio que regularamos por regra contábil. Contudo, isso não afeta a caixa da companhia.”, explica o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Leite.

Investimentos no trimestre

Um dado que se destaca nos resultados do 1T24 é o montante de investimentos realizados pela companhia, que totalizou US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 15 bilhões), nos segmentos de: Exploração e Produção; Refino, Transporte e Comercialização; e Gás e Energias de Baixo Carbono. Em Exploração e Produção, foram investidos US$ 2,5 bilhões no desenvolvimento de grandes projetos que sustentarão a curva de produção dos próximos anos. Destacam-se os investimentos no Pré-Sal da Bacia de Santos (US$ 1,3 bilhão), principalmente nos campos de Búzios e Mero; e nos projetos do Pré e Pós-sal da Bacia de Campos (US$ 600 milhões), especialmente campos de Jubarte, Marlim e Raia Manta e Pintada; e também investimentos exploratórios (US$ 200 milhões).

No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, os investimentos totalizaram US$ 360 milhões, com destaque para paradas programadas de refinarias e para o novo HDT da REPLAN. No segmento Gás e Energias de Baixo Carbono, os investimentos totalizaram US$ 100 milhões, com destaque para unidade de processamento de Gás Natural do Rota 3.

Desempenho e marcos de eficiência

A produção média de óleo, LGN e gás natural da Petrobras no 1T24 alcançou 2.776 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um aumento de 3,7% em comparação com a produção do mesmo período do ano anterior (1T23). Dentre os principais fatores para essa variação, podem ser destacados a evolução da produção (ramp-ups) dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 19 novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos (11) e Santos (8).

Outro marco do trimestre ocorreu em Búzios. A jazida compartilhada atingiu 1 bilhão de barris de óleo produzidos, com cinco plataformas: P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso. A produção é um marco para o setor.

No parque de refino, a Petrobras atingiu FUT de 92%, com rendimento de 67% de Diesel, QAV e Gasolina, o que representa uma alta utilização com eficiência operacional e geração de valor.

A ampliação da oferta de produtos mais sustentáveis ​​também foi destaque, com o início da comercialização de Diesel R5 (com conteúdo renovável) em São Paulo e o estabelecimento de parcerias para a venda de asfalto CAP Pro W.

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