A Startup Swiss Capital criou o Índice Swiss Capital de Andamento das Obras (ISCAO), que mensura como está o andamento das construções de imóveis comerciais e residenciais em todo o Brasil. Com o uso de inteligência artificial, são monitorados 604 empreendimentos, de 145 empresas distintas, com mais de R$ 24 bilhões em VGV. Atualmente, 95,21% das obras no país estão abaixo de 50% concluídas enquanto somente 4,79% estão acima deste percentual.

“Quanto mais inicial o estágio da construção, maior o risco para o investidor e, consequentemente, maior a rentabilidade. Ainda assim, mesmo estando abaixo dos 50%, em certos casos faz sentido para o investidor pessoa física alocar recursos nesse projeto. Ocorre que ele obterá maior lucro. Ou seja, acima dos 50% é mais fácil conquistar o interesse do investidor institucional e, abaixo dos 50%, do investidor PF”, explica Alex Andrade, CEO da Swiss Capital.

O executivo acrescenta que as obras inacabadas da construção civil afastam os investidores de fundos de investimento porque elas representam um alto risco financeiro e incerteza sobre o retorno do investimento. “Existe um problema ainda maior, que são as obras paralisadas. Estas indicam problemas como má gestão, falta de financiamento, ou imprevistos que podem atrasar ou impedir a conclusão do projeto. Esses fatores aumentam a probabilidade de perdas financeiras”, observa.

Além disso, obras inacabadas afetam a confiança no setor e podem desvalorizar os ativos imobiliários envolvidos. “Para um investidor de fundo, é essencial que o projeto tenha um planejamento robusto, recursos adequados e uma execução eficiente para garantir a entrega dentro do prazo e do orçamento, assegurando assim o retorno esperado sobre o investimento”, diz Andrade.

Conforme o executivo, quando incorporadoras estão iniciando obras abaixo, significa que já começaram, o que é muito importante para o Brasil. “O que move a economia do país não é apenas o agronegócio, mas o mercado imobiliário. Quando apresentamos esses números para o mercado, ele sabe que a construção está em alta. Ou seja, há sempre gente construindo. O que impulsiona a economia não é a venda final do imóvel, mas sim, o incorporador com dinheiro para concluir a obra. Esse número é extremamente importante”, completa.

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