Dados mais recentes do Índice Swiss Capital de andamento das Obras (ISCAO), que mensura como está o andamento das construções de imóveis comerciais e residenciais de todo o país, mostram que 97,52% das obras no Brasil estão abaixo de 50% concluídas; somente 2,48% estão acima deste percentual. No mês passado, o ISCAO era de 95,21%.

As obras inacabadas, segundo Alex Andrade, CEO da Swiss Capital, empresa de originação e qualificação de empreendimentos imobiliários que criou o índice, afastam os investidores de fundos de investimento, porque elas representam um alto risco financeiro e incerteza sobre o retorno do investimento.

“Existe um problema ainda maior, que são as obras paralisadas. Estas indicam problemas como má gestão, falta de financiamento, ou imprevistos que podem atrasar ou impedir a conclusão do projeto. Esses fatores aumentam a probabilidade de perdas financeiras”, explica o executivo.

Além disso, obras inacabadas afetam a confiança no setor. “Para um investidor de fundo, é essencial que o projeto tenha um planejamento robusto, recursos adequados e uma execução eficiente para garantir a entrega dentro do prazo e do orçamento, assegurando assim o retorno esperado sobre o investimento”, diz.

Andrade ressalta que, quando um fundo de investimento procura a Swiss Capital, os administradores perguntam, primeiro em que patamar está o percentual de obra. “Na prática, eles querem saber se está acima ou abaixo dos 50%”, frisa. “Quanto mais inicial o estágio da construção, maior o risco para o investidor e, consequentemente, maior a rentabilidade. Mesmo assim, em certos casos, faz sentido para o investidor pessoa física alocar recursos nesse tipo de projeto, em razão da maior rentabilidade. Claro que, acima dos 50% é mais fácil conquistar o interesse do investidor institucional e, abaixo dos 50%, do investidor PF”, completa.

 

 

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