Por: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
A iniciativa Sertão Vivo, parceria de R$ 1,8 bilhão entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da Organização das Nações Unidas (ONU) para projetos no semiárido nordestino, aprovou sua primeira operação: R$ 251,6 milhões para o Ceará.
Os recursos serão utilizados pelo governo estadual em ações para implantar Sistemas Produtivos Resilientes ao Clima e melhorar o acesso à água para a produção rural em 72 municípios com alta vulnerabilidade social, climática, hídrica ou alimentar. A estimativa é de que 63 mil famílias de agricultores familiares (cerca de 250 mil pessoas) dessas localidades sejam beneficiadas.
Lançado em julho de 2023, com edital para destinar R$ 1 bilhão para quatro estados do Nordeste, o Sertão Vivo foi ampliado pelo BNDES de modo a contemplar todas as unidades federativas da região, chegando a R$ 1,8 bi. O apoio ao Estado será composto de uma parcela de recursos reembolsáveis e outra não reembolsável, sendo que para o agricultor familiar o apoio chega integralmente de forma não reembolsável.
No Ceará, do total aprovado pela iniciativa, R$ 212 milhões são em forma de financiamento, e os R$ 39,6 milhões restantes são não reembolsáveis. Os recursos permitirão implantar sistemas de produção resilientes a mudanças climáticas – como quintais produtivos e sistemas agroflorestais com espécies nativas da caatinga, adaptadas ao semiárido – e construir reservatórios de água para uso na lavoura, como cisternas-calçadão, barreiros trincheira e barragens subterrâneas.
As ações estão alinhadas às diretrizes do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do estado e ao seu planejamento de longo prazo (Ceará 2050), que, em seus eixos e programas, enfatizam a redução da pobreza rural, o acesso à água, a elevação do padrão de vida dos agricultores familiares, a inclusão socioeconômica e a sustentabilidade ambiental.