Por: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a B3 anunciou uma nova metodologia para o ICO2 B3 (Índice Carbono Eficiente), que reúne companhias que divulgam suas emissões de gases de efeito estufa (GEEs). A mudança amplia o número de empresas elegíveis e traz mais rigor aos critérios de avaliação.

O indicador passa a considerar dados de fontes públicas e o uso da plataforma ESG Workspace no processo de coleta dos dados. Critérios de seleção relacionados à eficiência e à qualidade na gestão de emissões serão avaliados por meio do coeficiente entre emissões de GEEs e receita bruta, além de um score relacionado à gestão do tema de mudanças climáticas pelas companhias. Antes, as empresas elegíveis só precisavam informar seus dados de emissões e receita.

Em 2011, o BNDES participou da criação do ICO2, e, em 2012, da criação do ETF ECOO11, que foi o primeiro Exchange Traded Fund (ETF) com o tema ESG no Brasil. Os ETFs têm grande potencial para promover o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro.

“A revisão da metodologia do ICO2 é essencial para que ele fique mais aderente às demandas do mercado atual em relação às melhores práticas de sustentabilidade. Com essa atualização, esperamos poder atrair mais recursos de pessoas físicas e investidores institucionais para o ETF ECOO11”, afirmou Alexandre Correa Abreu, diretor de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES.

A atualização também contou com a participação da BlackRock, gestora do ETF iShares ECOO11, fundo de índice atrelado ao ICO2 e que existe desde 2011.

“A BlackRock sempre trabalha para ampliar e aprimorar o leque de produtos disponíveis aos investidores, permitindo que eles construam estratégias cada vez mais diversificadas, de forma ampla, acessível, democrática, simples, com transparência e baixo custo. Por meio do ETF iShares ECOO11, os investidores têm acesso a uma ferramenta que os ajudam a alcançar os objetivos de investimento”, apontou Paula Salamonde, diretora do segmento institucional e iShares ETF da empresa no Brasil.

Critérios de entrada 

Para entrar na carteira do ICO2 B3, a partir de janeiro de 2025, as empresas precisam cumprir alguns requisitos, como fazer parte do Índice Brasil Amplo (IBrA B3, que reúne atualmente 172 companhias de acordo com critérios de liquidez). Desse universo, a B3 calcula o Score de Gestão de Emissões de Gases de Efeito Estufa para cada companhia com o objetivo de avaliar a adoção de práticas de gestão que indicam melhoria na eficiência das emissões ao longo do tempo.

As empresas também terão que validar e autorizar o uso das informações relacionadas às emissões de GEE e respectivas práticas de gestão na plataforma ESG Workspace. Outro critério é estar entre 75% das empresas que menos emitem gases de efeito estufa proporcionalmente à receita e, ao mesmo tempo, possuir Score de Gestão de Emissões de GEE superior ao seu setor.

“A B3 quer oferecer um índice que reflita a preocupação das empresas com uma economia de baixo carbono. Estamos aperfeiçoando o ICO2 B3 e trazendo critérios que indicam boas práticas corporativas reconhecidas internacionalmente para a gestão de emissões de gases do efeito estufa”, destacou Henio Scheidt, gerente de Índices da B3.

ICO2 B3 (Índice Carbono Eficiente)

O ICO2 B3 (Índice Carbono Eficiente) da B3 foi lançado em 2010 com o objetivo de ser um indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas comprometidas com a transparência de suas emissões. Ele mostra ao mercado quais negócios já deram o primeiro passo em direção a uma economia de baixo carbono, preparando seus inventários de GEEs.

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