A construção industrializada, método baseado em módulos e peças construídas fora do canteiro, já responde por 64,5% dos processos construtivos no país. O principal segmento que utiliza essa solução é o residencial, com 50,8% das obras. Estes números estão na Sondagem da Construção em Sistemas Industrializados, primeira radiografia do setor da construção industrializada no Brasil, elaborada pela FGV Ibre e encomendada pelo Modern Construction Show, evento de negócios que reúne todos os sistemas construtivos e setores da construção industrializada, e será realizado de 1º a 3 de outubro em São Paulo.
A pesquisa feita entre 15 de maio e 14 de junho com 510 empresas de todas as unidades da Federação, dos setores de edificações (residenciais e não residenciais), infraestrutura e serviços especializados.
Entre os motivos apontados pelos entrevistados para adotar a construção industrializada, aparece em primeiro lugar o menor prazo de conclusão da obra, com 81,5% das respostas. Em segundo, a diminuição do uso de mão de obra no canteiro (71,6%), seguida do maior controle de custos (66%), menor geração de resíduos (63,9%), melhoria do desempenho (61,1%) e redução de impactos ambientais (59,3%).
“O método tem importantes vantagens, como a agilidade, a eficiência e a sustentabilidade, e essas questões aparecem entre os principais motivos relatados pelos entrevistados”, destaca Renato Cordeiro, head de Produtos da Francal, organizadora do Modern Construction Show.
Em relação aos sistemas industrializados mais empregados pelos responsáveis por obras, ficaram nas primeiras posições kits elétricos (82,1%), estruturas pré-fabricadas de concreto (70,5%), drywall (64,4%), estruturas em aço (60,2%) e kits hidráulicos (53,5%).