O desmatamento na Amazônia caiu 45,7% de agosto de 2023 a julho de 2024, a maior queda proporcional já registrada para o período, segundo dados do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área sob alertas (4.314,76 km²) é a menor da série histórica iniciada em 2016. Já no Cerrado houve aumento de 9% no mesmo período (7.015 km²).

Nos 12 meses, houve retração em cinco dos nove estados da Amazônia Legal: de 63% em Rondônia; 58% no Amazonas; 54% no Acre; 52% em Mato Grosso; e 47,7% no Pará. No caso dos 70 municípios do bioma considerados prioritários para o combate ao desmatamento houve queda de 53% da área sob alertas no período. Essas cidades concentram mais da metade do desmatamento na Amazônia.

No mês de julho foram registrados 666 km² sob alertas de desmatamento na Amazônia, alta de 33% em relação ao mesmo mês de 2023 (500 km²), após queda de 55% em relação a julho de 2022 (1.487 km²).

Cerrado

No Cerrado, os estados do chamado Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) concentraram 75% da área sob alertas de desmatamento no bioma. Destes, só a Bahia registrou queda de agosto de 2023 a julho de 2024: 52,4%. Houve aumento de 58,6% no Tocantins; 31% no Maranhão; e 14,7% no Piauí.

Os números do Deter apontam reversão nos últimos quatro meses do aumento da área sob alertas de desmatamento registrado no bioma no ano anterior. Houve queda de 24,8% de abril a julho na comparação com o mesmo quadrimestre de 2023. Em julho foram registrados 444 km², queda de 26,7%.

O resultado coincide com o lançamento, em novembro, do novo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado (PPCerrado). Cinquenta e três municípios (4% do total do bioma) concentraram metade dos alertas de desmatamento no período.

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