Foi aberta oficialmente neste domingo (28/4) a 29º edição da Agrishow, a principal feira de tecnologia agrícola da América Latina. O evento, que ocorrerá entre os dias 29 de abril e 3 de maio, em Ribeirão Preto (SP), deve receber cerca de 195 mil visitantes de mais de 50 países e conta com marcas líderes brasileiras em diversos segmentos e companhias com matriz em diferentes países, como Itália, Espanha, Alemanha, Colômbia, Holanda, China e Hong Kong.

Em 2023, o evento registrou R$ 13,290 bilhões em negócios iniciados entre expositores e visitantes, representando um aumento de 18% em relação à edição anterior. Para 2024, a expectativa é que esse número seja semelhante. Para isso, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, afirma que é imprescindível um expressivo volume de recursos e taxas de juros compatíveis com o futuro da atividade no campo.

“Há muitos anos o campo é sinônimo de tecnologia. Prova disso é a agricultura de precisão, análise de dados em tempo real, máquinas autônomas, drones, agtechs e startups que atuam no agronegócio. Por ser uma atividade de risco pelas condições climáticas cada vez mais extremas e pelos preços das commodities internacionais, que influenciam o ganho final do produtor, temos na evolução tecnológica das máquinas e no aprimoramento dos processos de produção as soluções para superar e produzir mais alimentos com a mesma área sem perder a qualidade”, destaca.

Agrishow 2024

O evento de abertura contou com a presença de autoridades como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; e o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai Filizzola. Durante a cerimônia, o presidente da Agrishow, João Marchesan, destacou a importância de fomentar o setor de máquinas e implementos para a agricultura. Segundo ele, são pouco mais de 1.800 fabricantes, dos mais variados tipos de bens que abastecem, além do mercado nacional, mais de 50 países com bens de alta qualidade e sofisticação tecnológica. O setor espera, sobretudo, auxiliar no cumprimento da meta de elevar de 18% para 75% a mecanização da agricultura familiar.

“À medida que o Brasil investir na modernização de suas máquinas, no aprimoramento de irrigação e na expansão da capacidade de armazenagem, estaremos fortalecendo os pilares essenciais para impulsionar nossa economia e promover o crescimento do PIB. O Brasil já é uma potência agrícola e pode se tornar ainda maior. Há mercados e temos terra, clima, tecnologia, agricultores e máquinas”, disse Marchesan.

O presidente da feira destacou ainda que é necessário um “Plano Safra forte, em prol da sustentabilidade do agronegócio brasileiro, sacudido e retumbante, com recursos suficientes para atender a demanda do agronegócio brasileiro, com juros controlados e compatíveis com o retorno do investimento do agricultor porque as taxas que estamos convivendo atualmente são incompatíveis com a realidade e as necessidades do agronegócio”.

Ainda segundo ele, “neste contexto, não apenas promovemos o desenvolvimento econômico do país, mas também garantimos a segurança alimentar, a preservação ambiental e o bem-estar de milhões de brasileiros”.

 

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