A Federação da Indústria do Estado de São Paulo e a Federação da Indústria do Estado do Ceará (FIEC) assinaram um acordo de cooperação com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e com a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEÓLICA), com o objetivo de ampliar a produção e o uso do hidrogênio verde (H2V) no país e, assim, promover o desenvolvimento e consolidação desse mercado no território nacional, em especial em São Paulo e Ceará.

A assinatura ocorreu na última terça-feira (26/9) durante evento oficial da sede da FIESP, com as presenças dos presidentes das entidades, incluindo Josué Gomes, da FIESP, Ricardo Cavalcante, da FIEC, Ronaldo Koloszuk, da ABSOLAR, Elbia Gannoum, da ABEEÓLICA, e de representantes do setor produtivo paulista e brasileiro.

Hidrogênio verde

A união de esforços das entidades visa apoiar a ampliação da competitividade do H2V, produzido por meio de energia elétrica proveniente das fontes eólica, biogás e solar fotovoltaica, em toda a sua cadeia de valor, identificando o custo total de produção do combustível. Também prevê a identificação de regiões atrativas para a sua produção e hubs que otimizem custos de transporte, tanto para o mercado doméstico como para o internacional

A proposta das entidades com o acordo é identificar potenciais sinergias na indústria local com a produção de eletrolisadores e demais equipamentos utilizados na produção do H2V e amônia verde, bem como contribuir para a construção de metas para produção e uso do combustível nos estados paulista e cearense, regiões apontadas como grandes polos para o hidrogênio verde brasileiro.

A cooperação envolve ainda o estímulo, contribuição e apoio a políticas públicas voltadas ao fomento da produção e uso do H2V e seus derivados e à substituição do uso atual de hidrogênio e amônia de origem fóssil para o de origem renovável em nível estadual e nacional, além de contribuir para a atração de investimentos, empresas, geração de empregos e renda, bem como desenvolvimento tecnológico e industrial.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, em poucos anos, o Brasil poderá produzir o hidrogênio renovável mais competitivo do mundo, desde que desenvolva políticas públicas, programas e incentivos adequados. “Por isso, o apoio do setor produtivo, em consonância com as autoridades públicas, é fundamental para a criação das rotas de produção do combustível a partir de fontes renováveis”, comenta.

Crédito da foto em destaque: Divulgação

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