Raízen, Shell e SENAI anunciaram investimento para a construção do Centro de Bioenergia, localizado no bairro planejado Reserva Jequitibá, em Piracicaba. O local tem como missão o desenvolvimento de soluções de descarbonização a partir da cana-de-açúcar. Nos cinco anos iniciais, as pesquisas focarão em ganhos de eficiência e sustentabilidade no processo de produção de Etanol de Segunda Geração (E2G), produzido em escala comercial no país.

O Centro de Bioenergia receberá investimento inicial de cerca de R$ 120 milhões, dos quais 72 milhões serão financiados pela Shell Brasil, por meio de recursos da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

“O regulamento da ANP direciona recursos para pesquisa e desenvolvimento, e buscamos fomentar esse avanço no setor de biocombustíveis. Tecnologia e inovação são essenciais nessa jornada da transição energética. Acreditamos que a criação desse Centro possa contribuir com soluções que estão em linha com a nossa ambição de zerar as emissões líquidas até 2050”, comenta Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell Brasil.

A demanda por biocombustíveis segue crescendo, e o Brasil é pioneiro e segundo maior produtor de etanol. “O Centro de Bioenergia vai possibilitar ganhos tecnológicos para produzir biocombustíveis com menor pegada de carbono e contribuir para um futuro mais verde. O Etanol de Segunda Geração tem relevância mundial e se apresenta como solução de combustível para setores de difícil descarbonização”, complementa Lauran Wetemans, vice-presidente da Shell Downstream Ventures Raízen.

A Raízen contribuirá com parte do investimento e com seu domínio e expertise industrial, direcionando a pesquisa aplicada e garantindo a estrutura necessária para sua execução. “O Centro de Bioenergia é mais um passo importante na consolidação do protagonismo do setor sucroenergético na transição energética. Na Raízen, estamos comprometidos em gerar impacto positivo por meio das nossas operações e produtos, investindo no desenvolvimento de tecnologias verdes e parcerias em prol da sustentabilidade global”, comenta Ricardo Mussa, CEO da Raízen.

O SENAI-SP será o responsável pela condução da pesquisa e traz a competência necessária para o sucesso de projetos de alta complexidade. “Com o compromisso de tornar a indústria cada vez mais forte, moderna e sustentável, o SENAI-SP integra educação, tecnologia e inovação para diferentes setores industriais em todas as escalas de maturidade tecnológica.  A união das competências de Raízen, Shell e SENAI promoverá sinergias ainda não exploradas, impulsionando o desenvolvimento tecnológico do país”, afirma Fabricio Lopes, gerente do Distrito Tecnológico do SENAI-SP.

A inauguração do Centro está prevista para 2026, e contará com 2.500m² de área e ambientes de laboratório e plantas-piloto especificamente projetados para mimetizar operações industriais, promovendo avanços significativos em pesquisa e desenvolvimento aplicados no país.

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