Por Agência Gov

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$160 milhões para projetos de reflorestamento biodiverso da Mombak, startup brasileira que negocia créditos de carbono em torno de projetos na Amazônia. Serão novas florestas em municípios do Pará, localizadas no cinturão conhecido como Arco do Desmatamento.

A iniciativa visa a recuperação de áreas degradadas em biomas críticos, com impacto significativo na conservação ambiental e no desenvolvimento sustentável. Como co-benefícios, ajuda a reverter a perda da biodiversidade, melhora a qualidade das águas e tem um impacto positivo nas comunidades onde atua, com geração de renda por meio de emprego verdes.

O BNDES atua em parceria com o Ministério do Meio Ambiente visando transformar a região no Arco da Restauração, reconstruindo 6 milhões de hectares nas áreas desmatadas até 2030 e mais 18 milhões até 2050, totalizando 1,65 bilhão de toneladas de carbono removidos da atmosfera. Lançado na COP 28, no final do ano passado, o Arco já recebeu investimentos de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia e do Fundo Clima, além das operações de financiamentos com empresas privadas.

“Ainda existe a um preconceito em relação ao restauro de floresta, ainda se pensa que é uma atividade essencialmente ecológica. Por isso a operação com a Mombak é exemplar: mostra que já existe uma cadeia econômica do restauro no Brasil. O BNDES, como um banco inovador do desenvolvimento, está a frente dessa iniciativa, assim como também liderou os investimentos em energia renovável quando ninguém ainda acreditava”, diz Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES.

O financiamento à Mombak contempla R$ 80 milhões em recursos do Fundo Clima e outros R$ 80 milhões por meio do BNDES Finem. A startup já levantou aproximadamente R$ 1 bilhão para investir em projetos de restauração do bioma amazônico. Em apenas um ano, plantou três milhões de árvores no município de Mãe do Rio, no Pará, gerando empregos diretos e indiretos e fortalecendo a economia local e a cadeia de reflorestamento. Por meio de um modelo de parcerias rurais com pecuaristas, outras áreas degradadas também estão sendo restauradas em municípios paraenses.

Para Peter Fernandez, CEO e cofundador da Mombak, o financiamento é um marco para a nascente indústria de remoção de carbono no Brasil. “Restaurar florestas com o apoio do BNDES mostra que o mercado tem grande potencial de construir um futuro climático sustentável e com desenvolvimento socioeconômico”, completa.

 

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