Por Embrapa

A exportação de café brasileiro alcançou o volume histórico de 47,300 milhões de sacas de 60 kg no ano safra 2023/24, o que implica alta de 32,7% na comparação com os 35,632 milhões apurados de julho de 2022 a junho de 2023. O montante atual, embarcado para 120 países, também representa crescimento de 3,6% sobre o recorde anterior, de 45,675 milhões de sacas no ciclo 2020/21. Os dados fazem parte do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Café brasileiro

Já a receita cambial do período é a maior na história do levantamento das exportações brasileiras de café, iniciado em 1990. Em 2023/2024, também foi registrado um incremento de 20,7% na receita cambial obtida com os embarques realizados nos últimos 12 meses encerrados em junho passado. O valor saltou de US$ 8,142 bilhões, na temporada 2022/23, para os atuais US$ 9,826 bilhões. Os anos-cafeeiros têm início no mês de julho do ano anterior e se encerram no mês de junho do ano seguinte.

O desempenho da receita cambial foi atingido com os 3,573 milhões de sacas remetidos ao exterior pelo país em junho, o maior montante registrado para este mês em cada ano, e os US$ 851,4 milhões em receita, também recorde para os meses de junho.

Outra marca significativa do relatório refere-se às exportações dos cafés classificados como cafés diferenciados, que são os que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. Essas exportações totalizaram um volume físico equivalente a 8,79 milhões de sacas de 60kg, no acumulado de 12 meses.

Os dados, entre vários outros do mercado internacional do café, foram obtidos do Relatório mensal Junho 2024, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, que é coordenado pela Embrapa Café .

Com preço médio da saca vendida a US$ 229,15, tais exportações dos diferenciados geraram US$ 2,01 bilhões de receita cambial, a qual correspondeu a 20,5% do total que foi arrecadado com as exportações de todos os tipos dos cafés do brasil no período. Nesse mesmo contexto, constata-se que as exportações dos cafés arábicas diferenciados arrecadaram próximo de US$ 1,90 bilhão de receita, que representa 94% do total, enquanto que os cafés robustas diferenciados obtiveram US$ 119,71 milhões (6%), no mesmo ano-cafeeiro em destaque.

Principais destinos

Os seis principais importadores dos cafés diferenciados do Brasil, no período em análise, foram: EUA, em primeiro lugar, com volume físico equivalente a 1,85 milhão de sacas de 60kg, que corresponderam a 21,1% dessas exportações; na sequência vem a Alemanha, com 1,54 milhão de sacas (17,5%); Bélgica, em terceiro, com 957,99 mil sacas (10,9%); Holanda, em quarto, com 649,96 mil sacas (7,4%).

Na sequência, na quinta colocação, destaca-se o Reino Unido, com 376,87 mil sacas (4,3%); e, na sexta posição desse ranking, figura a Itália, que adquiriu 310,55 mil sacas, as quais representaram 3,5% dessas exportações. Por fim, vale registrar que os dez maiores países importadores de cafés diferenciados adquiriram 77,6% dessas vendas.

Em relação ao conteúdo do Relatório do Cecafé em destaque, também vale salientar que as exportações totais dos Cafés do Brasil, do ano-cafeeiro objeto desta análise, alcançaram um recorde histórico de 47,30 milhões de sacas de 60kg, o qual representou um acréscimo de 32,7%, na comparação com as 35,63 milhões de sacas exportadas no ano-cafeeiro anterior. E, mais que isso, o café brasileiro foi vendido para 120 países.

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