A Universidade de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Shell Brasil se uniram para lançar o Centro de Inovação em Tecnologia Offshore (OTIC, Offshore Technology Innovation Centre).

Com investimento total de R$ 163 milhões ao longo de 5 anos – em recursos financeiros e não financeiros – o local terá como missão contribuir para o futuro da indústria offshore, com a geração de conhecimentos para viabilizar a exploração sustentável e eficiente de recursos do oceano, num contexto de transição energética e transformação digital no mundo.

O OTIC, que conta com mais de 250 pesquisadores envolvidos e fica na sede daUSP, inicia com um portfólio de 24 projetos de pesquisa e desenvolvimento financiados pela Shell Brasil e pela Fapesp. A Shell Brasil investirá aproximadamente R$ 49 milhões por meio da cláusula em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“A Shell está comprometida com a transição energética. Esse é um movimento imperativo para o mundo, e a jornada para a transformação da indústria offshore deve ser feita com planejamento, de forma segura, acessível e sustentável, de modo a diversificar e expandir as fontes de energia disponíveis. Nosso investimento dá início a um portfólio de projetos de pesquisa voltados para a descarbonização da indústria e a otimização das operações, contribuindo para o futuro da indústria offshore”, diz Olivier Wambersie, gerente-geral de Tecnologia e Inovação da Shell Brasil.

Centro de Inovação em Tecnologia Offshore

O centro é formado por cinco programas técnicos que se interconectam: Novos Processos e Operações, Energia de Baixo Carbono, Novos Materiais e Nanotecnologia, Segurança das Pessoas, do Meio Ambiente e Economia Circular, e Transformação Digital. Os envolvidos no projeto afirmam que cada um tem potencial para gerar tanto soluções práticas e de curto prazo, quanto soluções disruptivas e transformadoras da indústria offshore no longo prazo.

“O OTIC se beneficia do conhecimento gerado no Brasil, especialmente nos centros de pesquisa das universidades brasileiras, para propor soluções viáveis técnica e economicamente aos desafios da indústria de óleo e gás. Com sua reconhecida capacidade neste setor, as soluções desenvolvidas no Brasil impactam positivamente a cadeia produtiva e ajudam a construir o futuro da indústria offshore”, diz Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp.

De acordo com Gustavo Assi, professor da USP e vice-diretor científico do projeto, a indústria offshore de energia passará por um intenso processo de transformação, apoiado na transição energética e na digitalização. “Gerar mais energia com menos emissões de gases de efeito estufa nos impõe desafios tecnológicos, mas também nos dá a oportunidade de desenvolver novas formas de geração de energia limpa, e realmente construir o offshore do amanhã”, afirma Gustavo.

As organizações destacam que o OTIC terá um papel fundamental nessa jornada, pois aproximará a indústria, o governo e a academia para gerar conhecimento científico e tecnológico para descarbonizar o setor offshore e prover uma operação mais segura e eficiente tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente.

 

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