A mudança climática tem trazido novos desafios para os agricultores. Diante desse cenário e considerando as complexidades inerentes à atividade rural, realizar uma gestão de risco de mercado eficiente tem se tornado cada vez mais evidente e necessária para minimizar os impactos negativos de uma safra com menores resultados.
O Brasil se tornou recentemente o primeiro produtor de soja do mundo, ultrapassando os Estados Unidos, e segue se mantendo em posição de destaque em outras commodities, tanto na produção, quanto na exportação. Esse crescimento está associado com o avanço tecnológico dos produtos, serviços e técnicas de manejo, gerando demandas crescentes em investimentos. Com o aumento dessa participação no mercado aumentaram as responsabilidades e obrigações dos produtores com o seu negócio.
“Há muito tempo o negócio rural deixou de ser só uma questão de cuidar das lavouras e passou a ser também um negócio de rentabilidade. Claro, nós sabemos que o agro é uma indústria a céu aberto e que com isso estamos sujeitos a diferentes tipos de riscos como os eventos climáticos adversos, as flutuações de preços de commodities, as questões relacionadas à pragas e doenças, porém, também existe uma série de outros riscos que muitas vezes não estão tão claros para o produtor e que fazem toda a diferença no resultado”, explica Marina Fusco Piccini, consultora e sócia-fundadora da AgroSchool, empresa de cursos e treinametos focada no setor.
Uma das formas de identificar e mitigar esses problemas é através de uma gestão de riscos eficiente. “Para saber o tamanho do passo que eu posso dar preciso conhecer o meu negócio, então o primeiro passo é saber quais são os meus números, ou seja, qual foi o resultado da minha operação, quais foram as minhas despesas e quanto me sobrou”, pontua Mariana.
Segundo ela, ao ter esse conhecimento, o produtor consegue ter indicadores que servirão de base para fazer uma comparação com o mercado, investigar onde estão as falhas e, a partir daí, traçar estratégias para fazer os ajustes necessários a fim de minimizar os impactos dos riscos.
A consultora acrescenta que realizar uma boa gestão pode influenciar diretamente na manutenção do equilíbrio financeiro do negócio, mesmo em anos onde o resultado da safra fica abaixo das expectativas. “O mercado é cíclico, ou seja, uma hora estamos em um período de alta e outra hora estamos em um período de baixa e, quando é a baixa, o que faz a diferença para o produtor é a maneira com que ele está lidando com os riscos que afetam o negócio dele.”
Uma das formas de tornar essa gestão mais eficaz e garantir resultados primordiais é através da assessoria financeira. Com esse atendimento, é possível realizar uma análise de risco financeiro, desenvolver estratégias de hedge, contratar seguros, realizar um planejamento estratégico, entre outros serviços.